A greve dos trabalhadores da Embraer foi alvo de forte repressão policial. A Tropa de Choque da Polícia Militar agiu contra trabalhadores e dirigentes sindicais, durante a paralisação iniciada na terça-feira (25).
É preciso repudiar a ação repressora do Estado, que agiu em defesa dos interesses da Embraer e Boeing.
A greve foi suspensa, mas a luta em defesa de aumento real de salários e direitos continua. Por isso, pedimos a todo movimento sindical que assine a moção de repúdio à repressão (modelo abaixo).
Moção de repúdio à repressão policial contra grevistas na Embraer
A violência praticada pela Tropa de Choque da Polícia Militar contra os trabalhadores em greve na Embraer merece todo nosso repúdio. Formou-se um ambiente de tensão em frente à fábrica. Policiais armados agiram contra trabalhadores e dirigentes sindicais.
Convocado pela Embraer, o Estado utilizou-se de métodos vistos em épocas ditatoriais para desmobilizar os metalúrgicos. No segundo dia de greve (25 de setembro), policiais mascarados realizaram um “corredor polonês” para que os trabalhadores passassem. O constrangimento de quem entrava era evidente.
Também houve emprego da violência policial contra sindicalistas que estavam na organização do movimento. Como mostram imagens gravadas no local, o diretor do Sindicato Alex da Silva Gomes foi agredido pela PM, mesmo já estando caído no chão.
Diante da truculência da polícia, os trabalhadores suspenderem a greve, mas vão manter a mobilização.
Embora ainda não tenha sido de fato vendida, a Embraer já segue a política antissindical e repressora adotada pela Boeing. Uma postura que mostra o que virá pela frente.
A luta dos metalúrgicos da Embraer é por aumento real de salário e em defesa dos direitos. É, portanto, uma luta legítima e merece toda solidariedade das entidades de classe e sociedade civil organizada. A Campanha Salarial da categoria diz respeito somente ao Sindicato, trabalhadores e empresa. Nunca será um caso de polícia.
Neste sentido, é preciso também denunciar a intransigência da direção da Embraer nas negociações. Há quatro anos, a fábrica não aplica aumento real aos salários.
Apesar da disponibilidade do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos em manter o diálogo, a Embraer insiste em retirar direitos históricos dos trabalhadores, conquistados com muita luta.
Diante deste cenário, é preciso repudiar o comportamento da Embraer, que se utiliza da violência policial para atacar um movimento grevista legítimo.
(Assinatura da entidade)
Enviar a moção para os e-mails abaixo:
Comissão de Direitos Humanos Câmara Federal
cdh@camara.leg.br
Comissão Permanente de Direitos Humanos do Senado
cdh@senado.gov.br
Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo
General João Camilo Pires de Campos (secretário)
seguranca@sp.gov.br
Governador João Dória
secretariaparticular@sp.gov.br
gabinetedogovernador@sp.gov.br
Prefeito de São José dos Campos
Felício Ramuth
prefeito@sjc.sp.gov.br
Presidente da Câmara Municipal de São José dos Campos
Robertinho da Padaria
robertinho@camarasjc.sp.gov.br
Ministério Público Federal
protocolo.mpf.mp.br
Organização Internacional do Trabalho
brasilia@ilo.org
Embraer
Francisco Gomes Neto (presidente)
fgn@embraer.com.br
Boeing
Diretoria de Comunicação
ana.p.ferreira@boeing.com
Cópia para: secretaria@sindmetalsjc.org.br